O Brasil registrou 1.407.010 novos CNPJs apenas nos três primeiros meses de 2025, segundo dados do Sebrae. A maioria corresponde a microempreendedores individuais (MEIs), que representaram 78% do total de registros. Esse movimento marca um crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto as micro e pequenas empresas tiveram alta de 28%.
A expansão está relacionada a um cenário econômico mais estável e ao impacto da Política Nacional de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, lançada há um ano. O programa busca fortalecer a competitividade do setor, estimular a inovação e incentivar a formalização de empreendimentos.
De acordo com o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, os pequenos negócios continuam sendo responsáveis por grande parte da geração de emprego e renda no Brasil, consolidando o país como a sexta nação com mais empreendedores estabelecidos no mundo.
Onde o empreendedorismo cresce mais
O recorte regional mostra o protagonismo do Sudeste, que concentra quase metade das novas aberturas de negócios. São Paulo (28,6%), Minas Gerais (10,9%) e Rio de Janeiro (7,8%) lideraram em números absolutos. No entanto, estados como Ceará, Piauí e Amazonas se destacaram pelo avanço percentual, com altas acima de 50% em comparação ao primeiro trimestre de 2024.
O setor de serviços foi o mais dinâmico, respondendo por quase dois terços das novas empresas, seguido pelo comércio e pela indústria da transformação. Atividades como transporte rodoviário de carga, entregas, salões de beleza e publicidade estão entre as mais procuradas pelos novos empreendedores.
Crédito e educação financeira impulsionam sustentabilidade dos negócios
O crescimento diversificado mostra que as empresas brasileiras estão espalhadas por diferentes segmentos, permitindo desde negócios locais até iniciativas com potencial de escala nacional. Além disso, o aumento no número de empresas formais reforça a necessidade de educação financeira.
Segundo especialistas, o acesso a linhas de financiamento, cartões corporativos e soluções digitais de pagamento está se tornando cada vez mais estratégico para quem busca manter a sustentabilidade do empreendimento. Com um ambiente mais favorável, o Brasil mostra que o fortalecimento de micro e pequenas empresas é um motor essencial para a economia. E, ao mesmo tempo, evidencia como a gestão consciente das finanças pessoais e corporativas pode fazer diferença no sucesso de novos negócios.