Os pulmões são órgãos flexíveis que devem ser capazes de se expandir e contrair para permitir o processo de respiração. Um diagnóstico de fibrose pulmonar é feito quando os pulmões de uma pessoa se tornam mais duros ou apresentam cicatrizes em sua superfície por algum motivo.
Continue a leitura deste conteúdo para entender mais sobre a fibrose pulmonar, quais são os seus sintomas e tratamentos!
O que é fibrose pulmonar?
Como uma condição crônica, a fibrose pulmonar se desenvolve como resultado de outras condições que corrompem progressiva e irreversivelmente a arquitetura pulmonar. Essa condição pode surgir de outras doenças como:
- Polimiosite;
- Covid-19;
- Pneumonia;
- Dermatomiosite;
- Artrite reumatoide;
- Doença mista do tecido conjuntivo;
- Lúpus;
- Etc.
Elas estão relacionadas devido ao fato de que causam inflamação na região terminal dos pulmões e são doenças intersticiais pulmonares (DIP), provocando a fibrose. Essa condição é caracterizada pela troca do tecido natural do pulmão por tecido cicatricial. Os sintomas que a doença tende a causar são os seguintes:
- Perda de peso;
- Falta de ar;
- Fadiga;
- Tosse seca;
- Falta de apetite;
- Perda de peso.
As doenças entre os pulmões (doenças pulmonares intersticiais, ou DIP) podem ocorrer por vários fatores.
O médico baseia o diagnóstico de fibrose pulmonar na história clínica do paciente. Após solicitar uma tomografia, o especialista irá procurar alterações nos estudos celulares ou do tecido alveolar.
Fatores de risco na fibrose pulmonar
Embora nem sempre seja possível identificar as causas subjacentes de uma doença, sabemos que certos fatores de risco podem aumentar a chance de uma pessoa desenvolver fibrose pulmonar. Por exemplo:
- Idade: apesar de a fibrose pulmonar ter sido diagnosticada em crianças e bebês, é mais provável que a doença afete pessoas de meia-idade e idosos;
- Sexo: é mais provável que a fibrose pulmonar idiopática afete mais os homens do que as mulheres;
Tabagismo: a fibrose pulmonar surge mais facilmente em fumantes e ex-fumantes do que em não fumantes. Pacientes com enfisema pulmonar podem desenvolver essa condição; - Profissão: As pessoas que trabalham nas indústrias de mineração, agricultura ou construção ou que estão expostas a poluentes que afetam os pulmões têm um risco maior de vir a ter fibrose pulmonar;
- Tratamento contra câncer: Os tratamentos para o câncer podem aumentar o risco de fibrose pulmonar por meio do uso de radioterapia ou medicamentos específicos durante a quimioterapia;
- Fatores genéticos: certos tipos de fibrose pulmonar ocorrem em famílias e fatores hereditários podem desempenhar um papel na progressão da doença.
Existe tratamento para fibrose pulmonar?
O caso do paciente será avaliado pelo pneumologista com base nos sintomas relatados, nos achados dos exames de imagem feitos e nas avaliações complementares solicitadas. Ele poderá recomendar o tratamento mais indicado para cada caso de acordo com todos esses detalhes, além do histórico do paciente. Os tratamentos mais frequentes são:
Uso de medicamentos
Certos medicamentos podem ajudar a reduzir o progresso da doença, embora alguns medicamentos possam ter efeitos colaterais adversos. Como resultado, é crucial que o paciente pergunte a respeito para ter um preparo e evitar uma reação ou estado de ser negativo.
Suplementação de oxigênio
O termo “oxigenioterapia” refere-se a um curso de tratamento indicado para pacientes com problemas respiratórios e reduções significativas em sua capacidade de absorver oxigênio do ar. Com o uso de um tubo de oxigênio, pode-se elevar o fluxo de ar e restaurar o nível adequado de oxigenação dos órgãos.
Existem aparelhos portáteis que a pessoa pode levar consigo, quando ela só apresenta falta de ar quando faz algum tipo de esforço. Dessa forma, em momentos como este, é possível usá-lo para voltar a respirar ao normal.
Reabilitação respiratória
Esse é um tratamento complementar da fibrose. Por meio dele, o paciente irá aprender a ficar calmo e restabelecer a respiração durante os episódios de dificuldade para respirar.
Também foi desenvolvido um programa cujo objetivo é fortalecer o sistema respiratório e melhorar o seu desempenho.
Todos esses fatores juntos aliviam os sintomas e melhoram a qualidade de vida do paciente, possibilitando que ele retome suas atividades do dia a dia.
Transplante de pulmão
A abordagem cirúrgica para o tratamento da fibrose pulmonar, que envolve um transplante de pulmão, é considerada a opção final de tratamento. Quando o pulmão está tão comprometido que nenhum dos outros tratamentos é eficaz, ele é aconselhado.
De acordo com estimativa, apenas 4% dos 700 transplantes feitos no Brasil até então foram em portadores de doenças.
Com essa cirurgia, é possível que o paciente tenha uma qualidade de vida melhor. Porém, o procedimento carrega alguns riscos e complicações, inclusive como a possibilidade de infecções e a rejeição do organismo ao novo órgão.
Vale ressaltar que o transplante por fibrose pulmonar só é recomendado em casos bastante avançados por ser um procedimento muito difícil. O cenário ideal seria que a doença fosse diagnosticada com precisão logo no início e o acompanhamento contínuo por um pneumologista.
Ter hábitos mais saudáveis no dia a dia
Além de seguir certos tratamentos, é crucial adotar mudanças saudáveis em seu estilo de vida, por exemplo:
- Parar de fumar;
- Fazer uma dieta saudável;
- Praticar exercícios;
- Dormir bem;
- Ter as vacinas em dia.
Ao seguir o tratamento que o pneumologista indicar e adotar hábitos de vida mais saudáveis, o paciente poderá viver melhor com a fibrose pulmonar!
Conclusão
Os tratamentos da fibrose pulmonar não têm a capacidade de ajudar o paciente a ter o estado original do pulmão, porém, podem ajudá-lo a ter uma qualidade de vida melhor. Além dos medicamentos, também se usa suprimentos de oxigênio para ajudar o paciente no tratamento.
Por fim, o que você achou deste conteúdo? Foi útil para você? Não deixe de compartilhar com os seus amigos que apresentam esses sinais!